Desventuras ditaram o cotidiano
Infortúnios aniquilaram os anseios
Encrespando o meu viver soberano
Frustrando a inocente afeição
E suspiros e gemidos penosos
Macularam e machucaram meu coração
Desnudando o ego do afável prazer
Rememorando o sofrido passado
Quando me foi negado o prazeroso viver
Apagando em mim afáveis sonhos
E o amanhã de negros medos se vestiu
Assombrando meu semblante risonho
E nesse louco e ilusório palco da vida
Eu personagem, uma farsa representava
A mercê da sorte que conspirava com a morte
Dramáticas cenas em desalinho, encenava
Despertei-me então desse vil pesadelo
Crente, um olhar para o alto lancei
E com zelo me refiz do ego infeliz
E a paz tão esperada, enfim encontrei
Livrei-me da mágoa desconsolada
A insensatez, por lucidez eu troquei
O medo deu lugar à prudente coragem
E a alma com o sangue do Cordeiro, lavei
Pela reconquistada vida nova que ganhei
Desenhei a Paz da Santa Cruz de Jesus
E com fé, com as cores do arco-íris, a pintei
Entreguei-me de corpo e alma a Jesus
E pela sua Santa luz fui presenteado
Pro bem maior os olhos se abriram
Renovando a fé e o amor desencantado !!
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