Autor: Edson Amorim
Conflitantes e tristes sentimentos sem sentido
Rememorando maléficas e melancólicas agonias
Acorrentavam-me a um passado ilusório e dolorido
Açoitando minh’alma com lamurias e nostalgias.
Sentimentos falantes que cobravam com rigores
O relembrar de desgostosos e insanos momentos
Devolvendo-me amargurados delírios e dores
Já, a muito, levados por redemoinhos de ventos.
Decodificados sinais de desamores deprimentes
Chegavam pela correnteza impulsiva do ego
E convertiam a doce paz em momentos dementes
Com consenso da mente vazia e do coração cego.
As sombras maléficas e dolentes do mau-viver
Do ego se acercavam, calando a humilde esperança
E a mortiça paz, confusa e reprimida, em meu ser
Divorciou do inseguro amor e separou as alianças.
Num despertar, abri os ouvidos do coração e da mente
E ouvi um cântico sereno, que a alma veio entoar
Vibrante melodia que expulsou os achaques delirantes
E recusou os alvitres que o mal teimava em ofertar.
E num angustiado suspiro rebusquei a harmonia
Escancarando as portas do meu sofrido coração
Senti então, entrar a luz da paz, que sonhei um dia.
Rezando uma prece acalmei esses dias insanos
E minha índole refeita, os males tratou de espantar
A fé, o amor e a esperança desafiaram os desenganos
E enfim, convenceram a PAZ, em meu peito morar !!
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