domingo, 24 de fevereiro de 2013

POEMA: NATUREZA, ORÁCULO DE ENCANTOS MIL !!





Autor: Edson Amorim

Majestosa natureza  tu és um templo sagrado
Oráculo dos encantos altivos e vibrantes
Ouço de ti o fecundo eco do grito da vida
Vindo de teu berço gigantesco e triunfante !

Debaixo desse céu azul tu és soberana
E no teu seio trazes histórias milenares
Em ancestral passado ressurgiste das cinzas
   Reconstruindo com fulgor teus altares !

  Em teu leito edificaste espaços purificados
E nos rios, campos, florestas e no mar o belo puseste
Reino que o sol, a lua, o frio e a chuva o assiste
Criando e renovando vidas e a flora campestre !

Gotas orvalhadas escorrem entre teus verdores
Enquanto coloridas borboletas bailam hilariantes
Os beija-flores revoam entre os naturais jardins
E os passarinhos cantam em teus galhos verdejantes !

Viajar nos seus encantados empíreos é prazeroso
Respirando em ti deliciosos aromas agradáveis
São ares que renovam minha alma e meu espírito
 Acalmando  em meu ego sentimentos desgostáveis !

Natureza que em ti sinto a presença do Deus soberano
E de adoráveis seres angelicais do reino celestial
Que em vigília sobre suas colinas e montes
Enxugam os olhos da desnuda terra, não mais natural !

Entre os teus virginais fulgores e ternas branduras
Brotam encantos e a sementes de singelas poesias
Fazendo nascer em mim inspirações enternecidas
Que crescem, amadurecem e meu ego contagia !!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

POEMA: LEMBRANÇAS DE UM VELHO CARREIRO !!

 

Autor: Edson Amorim

Velho e cansado em sua rede deitado
O Peão Carreiro relembra e sente saudades
Dos tempos que ia a frente do carro de boi
Ele guiando, ainda com pouca idade
No seu ombro levava a vara de ferrão
Chacoalhando as argolas, era só felicidade !

Vez batia a vara de ferrão no cambão
Pra boiada com força o carro de boi puxar
E gritava vai malhado, vem bordado, força trovão
Fazendo as argolas da vara alto tilintar
E a forte boiada fazia a ganga alto ranger
Até a pesada carga ao destino transportar !

Velho Carreiro que conta com detalhes
De quando cortava as quebradas do sertão
Subindo e descendo serras e serrados
Traz-lhe sentimental e prazerosa recordação
Vez sonha guiando o seu carro de boi
E até parece ouvir cantando o seu cocão !

Hoje o velho carro de boi está abandonado
E a velha ganga com canzis ali pendurada
São objetos de uma vida que ficou no passado
E não existe mais a sua querida boiada
Restaram só histórias nos ganchos da lembrança
E na mente tristemente chorosas estão recostadas !

 Visivelmente com os olhos marejados de lágrimas
Relembra o nome de cada boi de carro que domou
E das fazendas, sítios e chácaras que foi empregado
E das serras,  estradões e picadões que andou
Também de outros tantos carreiros companheiros
Que muitos, certamente, Deus desta terra já levou !

Carreiro que mágoa tem do progresso desordeiro
Que acabou com o serrado e a floresta do sertão
Onde o carro de boi era tido como sagrado
E a saudosa lembrança lhe aperta o coração
E uma carga de tristeza o seu peito invade
Delatado por um suspiro de saudade e emoção !!

POESIA: SEM JESUS !!


Autor: Edson Amorim

Sem Jesus...
Esse mundo não tem graça
É um teatro é uma farsa
É só decepção !

Sem Jesus...
Essa vida é só fantasia
Repleta de rios de falsa alegria
Que deságuam num mar de desilusão !

Sem Jesus...
A gente ouve e não entende
Sofre tanto e não aprende
A fugir da tentação !

Sem Jesus...
O mundo é só falsidade
Fecha os olhos pra verdade
E acredita na ilusão !

Sem Jesus...
A gente engana a gente mente
Esconde a dor que sente
Em meio a um vendaval de paixão !

Sem Jesus...
A gente senta-se à mesa de um bar
E ali busca e não encontra
Enche a cara e faz de conta
Que o amanhã vai melhorar !

Sem Jesus...
A gente luta contra o tempo
E destrói o puro sentimento
De que na terra somos passageiros
Não sentimos o envelhecer
E as nossas rugas perceber
Só por causa do dinheiro !

Sem Jesus...
A gente pede e não recebe
Ouve tanto e não percebe
A palavra que Deus diz
A nossa alma em sofrer se consome
Pois não existe outro nome
Que nos faça ser feliz !

Com Jesus...
Meu duro coração amoleceu
No espírito, a unção, Ele me deu
 Durante todos os segundos do dia
E a tão sonhada felicidade
Tornou-me possível essa realidade
Sendo Meu Protetor e Meu Guia !!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

POEMA: PARADISÍACO RIO DA PRATA !!






Autor: Edson Amorim

Rio da Prata de águas límpidas e transparentes
Banhando Bonito no Mato Grosso do Sul
Obra divinal do supremo criador universal
Que ali esculpiu um pedacinho do céu azul !

Águas revestidas de vida e pureza
Onde a magia navega misteriosamente
Seduz, incita e o lume dos olhos alegra
  O azul-esverdeado de um paraíso, literalmente !

Meio-ambiente que exala o mais puro almíscar
Das perfumadas e mimosas flores fulgentes
Tornando adorável o recinto ao longo do rio
   Proporcionando ao visitante um prazer fascinante !

Rio da Prata que corre triunfante e sereno
Dotado de marmor formidável e campestre
De suas puras águas resplandecem nobrezas
Seleto berço de aquáticas vidas silvestres !

Na natural e diamantada cortinha da relva
Árvores o cobrem com ramas decoradas
Reino fulgurante criador da fecunda paz
 Que copiosamente ao mundo é ofertada !

No seu curso as pequenas cachoeiras e saltos
Torna mais reverente e risonha a paisagem
Apreciando, nossa mente flutua airosa ao vento
Diante da graciosa beleza que parece miragem !

As belas flores nascidas da vegetação nativa
Pelas Borboletas são ternamente beijadas
E os grilinhos e as cigarrinhas fazem festa
  Entre as verdes ramagens de suas beiradas !

 Rio da Prata aquário natural do Pantanal
Pupila dos olhos do supremo criador
Nas verdejantes paisagens que o rodeiam
    Ouve-se ecos da vida em meio a raios de fulgor !!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

POEMA: MAJESTOSO RIO FORMOSO !!



 


Autor: Edson Amorim

Em Bonito, eis ali o majestoso Rio Formoso
Empíreo de águas límpidas e cristalinas
Brotando puras do seio das rochas calcárias
 E correndo mansas entre as verdes colinas !

Seu leito é habitado por belos cardumes
Formando paradisíaco aquário natural
Com notáveis espécimes de dóceis peixes
Do preservado criatório do bioma Pantanal !

Margeando este natural e colossal riacho
A vegetação o adorna com carinho e primor
Conjuntamente com a fauna exuberante
Mais parece carregá-lo em um divino andor !

O azulado de suas águas e o verde da natureza
Formam um magistral e encantado cenário
O contemplando novo sangue corre nas veias
Esta maravilha do criador, este relicário !

Rio Formoso que jus faz ao belo nome
Por uma colossal flora é adornado
 Refúgio ecológico de encantada e vasta fauna
  E por cachoeiras inda mais é embelezado !

Ladeando este esmeraldino e formoso riacho
Ramagens e árvores com vigor o sombreiam
Donde macaquinhos pulam de galho em galho
E passarinhos fazem ninho e alegres gorjeiam !

Ambiente onde o sol risonho traz amena luz
E a belíssima lua noss'alma faz suspirar
Ares que enternecem até os mais duros corações
  E encantada, faz a pessoa acordada sonhar !
 
Adorável beleza que o peito e a alma incitam
Com seu florido verdejante e o singelo azul
Acende nos olhos chamas de estasiada emoção
Este nobre paraíso da América do Sul !

Santuário ecológico onde a aurora desponta risonha
E o entardecer é pintado de vermelho-alaranjado
Salpicando no íntimo benévolos sentimentos
   E o formoso, com paixão, na mente é guardado !!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

POEMA: ESTRADINHA DA SERRA !!





Autor: Edson Amorim

Estradinha encantada e sinuosa da serra
Teve para mim uma colossal grandeza
Dela levantava cheirosa poeira da terra
E de cima abaixo adornada era pela natureza !

Margeada pela vegetação tão florida
Sobre seus barrancos de rochas cortadas
E curvas tão perfeitas na subida e descida
Como fosse por um artista desenhada !

Estradinha que muitas vezes subi e desci
E cada palmo de seu chão eu conheço
Pois lá no alto da serra eu nasci
E ali foi o meu humilde e querido berço !

Era o caminho que me levava à escolinha
Que logo abaixo da serra ficava
Eu descia agarrado a uma sacolinha
  Onde o caderno e a cartilha carregava !

Pra descer a estradinha era um deleite
Os seus naturais detalhes eu ia observando
Nos lados as samambaias pareciam enfeites
E os musgos nas pedras iam desenhando !

Em um dos barrancos daquela estradinha
Uma mina de transparente água nascia
Ali colocamos uma engenhosa biquinha
E água pura e fresquinha dali se bebia !

E os pássaros me contentavam demais
E ao passar companhia pra mim faziam
Admirava as suas lindas cores ornamentais
  E seus cantos meus ouvidos seduziam !

Estradinha que parecia ao céu me levar
Quando por ela ia subindo devagarzinho
Retornando pra minha casinha depois de estudar
Que no cume da serra, parecia um belo ninho !

À noite aquela estradinha parecia iluminada
Pela luz do luar que no cascalho refletia
Enfeitada pelas ramagens floridas e serenadas
Que pelos barrancos com nobreza escorria !

Lugarejo que soprava uma  brisa amena
E tinha uma maravilhosa vista que encantava
Ali escrevi minha história infantil e serena
                                                Fazendo com alegria o que mais eu gostava !

Ao ir embora, quando aquela serra desci
Em cada curva da estradinha uma lagrima deixei
Naquele natal e querido chão que nasci
Dizendo adeus a simples casinha que morei
Triste emocionado e soluçando pensei
  O quanto seria sofrido viver longe dali !

Estradinha encantada da serra
Lugar onde a natureza versejava
Trazia os versos direto do céu à terra
E o poeta inspirado a poetizava
                                                      Em estrofes que em só belo se encerra
   E Deus Santíssimo a abençoava !!