Ila Monteiro Medeiros (In Memoriam)
Do Livro: "Quando Florescem os Pantanais"
Se todos cantam a
sua terra
Também a minha
quero cantar
Meu paraíso feliz,
risonho
Que eternamente
haverei de amar.
És tu, Bonito
Rincão querido
A minha terra
O berço meu
Aí nasci entre os
teus encantos
Suprema glória
que Deus me deu.
Ao teu redor
Tão lindas e
calmas
Verdes colinas
vem te abraçar
É nesse abraço
que tu repousas
Terra querida de
meu sonhar.
Quando a tardinha
o sol se esconde
Lá bem ao longe .
. .
Rumo às campinas
Também se escondem
pelo arvoredo
As aves mansas e
pequeninas.
Teus guavirais
que jamais esqueço
Qual branca neve
se abrindo em flor
Doces frutinhos
dos verdes campos
Gentil oferta de
teu amor.
As tuas grutas
maravilhosas
Lembram castelos.
. .
Sonhos. . .
Quimeras. . .
Que a natureza
fez com carinho
Em outros tempos
Em outras eras.
Mansos riachos de
minha terra
Livres !
Felizes !
Sempre a Cantar
Águas azuis
alegrando os campos
Águas azuis
procurando o mar.
Quintas felizes
de minha terra
Aves cantando ao
entardecer
Frutos maduros
vergando os galhos
Rosas se abrindo
ao alvorecer.
Saudosos campos
de minha terra
Onde o luar se
dissolve em prata
Cantar alegre das
seriemas
Jaó cantando nas
verdes matas.
Pelas verdes
colinas abraçado
Ao canto dos
riachos embalado
Tu floresces
feliz, ó meu rincão amigo,
Pois tu, tens o
dom das águas mansas
Junto a elas
cantas teu canto de esperanças
E nesta cantiga
de paz. . .
Quero cantar
contigo.
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