domingo, 2 de novembro de 2014

POEMA: BENDITO SEJAS Chico Xavier !!




 Bendito sejas, coração amigo,
Pelo pão que dás, à porta,
Ao companheiro que se desconforta,
na aflição da penúria sem abrigo!...

Deus te faça feliz pela roupa que ofertas
Aos torturados do caminho,
Que tantas vezes se vão ao desalinho
Das feridas que trazem descobertas...

Deus te conceda o premio da ventura
pela ternura sorridente
Com que cevas ao doente
O amparo do remédio e a esperança da cura.

Deus te guarde na fonte da alegria,
Para lenir, no esforço a que te dês,

A orfandade e a viúves
Que vivem para a dor de cada dia.

Deus, porém, te abençoe, coração brando e pasmo,
Com a mais sublime recompensa,
Quando olvidas a intromissão da ofensa,
O golpe da injustiça e a pedra do sarcasmo.

Deus te exalte no santo esquecimento
Do mal que te golpeia,
Reduzindo a extensão da chaga alheia
Sem cogitar do próprio sofrimento.

Bendito sejas, coração submisso,
Embora sábio entre os mais sábios,
Pela palavra boa de teus lábios,
No exemplo da bondade e do serviço,

Porque o amor transforma a sombra em luz
E o perdão, onde ampare, nunca erra,
Auxiliando a vida em toda a Terra
Para o Reino Divino de Jesus.

sábado, 1 de novembro de 2014

POESIA: SUPLIQUEI PELA PAZ !!



Em vividos momentos infaustos
Desventuras ditaram o cotidiano
Infortúnios aniquilaram os anseios
Encrespando o meu viver soberano


Nostalgias invadiram minh’alma
Frustrando a inocente afeição
E suspiros e gemidos penosos
Macularam e machucaram meu coração


Lágrimas molharam-me o pranto
Desnudando o ego do afável prazer
Rememorando o sofrido passado
Quando me foi negado o prazeroso viver


Fantasmas rondaram-me a mente
Apagando em mim afáveis sonhos
E o amanhã de negros medos se vestiu
Assombrando meu semblante risonho


E nesse louco e ilusório palco da vida
Eu personagem, uma farsa representava
A mercê da sorte que conspirava com a morte
Dramáticas cenas em desalinho, encenava


Despertei-me então desse vil pesadelo
Crente, um olhar para o alto lancei
E com zelo me refiz do ego infeliz
E a paz tão esperada, enfim encontrei


Livrei-me da mágoa desconsolada
A insensatez, por lucidez eu troquei
O medo deu lugar à prudente coragem
E a alma com o sangue do Cordeiro, lavei


E no céu estrelado de amor e felicidade
Pela reconquistada vida nova que ganhei
Desenhei a Paz da Santa Cruz de Jesus
E com fé, com as cores do arco-íris, a pintei


Entreguei-me de corpo e alma a Jesus
E pela sua Santa luz fui presenteado
Pro bem maior os olhos se abriram
Renovando a fé e o amor desencantado !!

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

POEMA: REDE DO MEU RANCHO PANTANEIRO !!!





   Autor: Edson Amorim
Ranchinho que construí com carinho
E uma rede na varanda pendurei
É  lugarzinho humilde, meu ninho
Mas ali me sinto um dengoso rei

Na rede de linho descansando
Contemplo os pássaros a cantar
E me acho sorrindo e  pensando
Como é sagrado aquele lugar

Vejo da rede, o leito do rio
E a fauna que em volta habita
Também o ligeirinho beija-flor
Beijando a flor mais bonita

O que me dá mais prazer
É na companheira rede deitado
A tarde ver a revoada de pássaros
Voando alegres de lado a lado

A noite escuto os bichos grunhindo
O grilo insistente cantando
O cachorro no bichinho latindo
E o corujão revoando e piando

O grande peixe no rio batendo
Os chuás dos remos remando
E os sussurros dos navegantes
Nas canoas que vem passando

Este e o meu lugar preferido
Deitado nessa rede de linho
A natureza me faz companhia
Trazendo-me paz e carinho

Nela dormindo a noite inteira
Ela me acomoda e massageia
E no seu balanço de mansinho
Sonho com encantadas sereias

Um lugar que um dia ganhei
Do nosso Deus soberano
Quando da cidade me mudei
A mais de vinte e cinco anos

Com saúde eu vou vivendo
Em meio a este belo paraíso
Das delicias dali desfrutando
É o tudo e o mais que preciso

É um sonho uma fantasia
Que só a natureza oferece
Prazer que eu sempre queria
E hoje agradeço em prece!!!