Autoria: Edson Amorim
O Peão pantaneiro cedo levanta
E escolhe, da tropa, o cavalo a montar
Encilha com a sela e o laço cumprido
E apetrechos que não podem faltar
Com botas e par de esporas é calçado
E da cabeça tira o chapéu pra orar
Sendo pela Mãe do céu abençoado !
E para campo sai cavalgando
Pra diária lida com o bravo gado
E logo seu laço tira da garupa
Ao avistar um boi machucado
Dá então uma parada e arruma
A ródia no tamanho adequado !
Resistente é o laço de couro trançado
bem cuidado e incrementado
Enrola então as rodias na mão
E por sobre a cabeça é girado
Enquanto esporeia o cavalo
Pra correr galopando, disparado
Pra correr galopando, disparado
E no marruco ligeiro emparear
É hora de sua destreza mostrar
Jogar o laço certo e com força
E pelos chifres ou meio corpo laçar !
E a laçada dificilmente erra
Pois o Peão nessa lida é criado
Sempre pra ele é uma proeza
Ver o forte marruá laçado
E pra curar o doente animal
O peão põe o bruto deitado
Faz tudo com alegria e destreza
No Pantanal lidando com o gado !
Em casa uma morena o espera
E por ela é demais apaixonado
Se ele um pouco demora
Seu coração bate a mil por hora
Este, que pelo peão, foi pialado !!
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