O Pantanal Sulmatogrossense, uma das maiores planícies de sedimentação do mundo, ocupa grande parte do Estado de Mato Grosso do Sul, aproximadamente 140 mil km2, estendendo-se, também, por países vizinhos como a Argentina, Bolívia e Paraguai. A planície inundável, com leves ondulações, pontilhadas por morros isolados e rica em depressões rasas, tem seus limites demarcados por variados sistemas de elevações como chapadas, serras, e é cortada por grande quantidade de rios, todos pertencentes à Bacia do Paraguai.
Na região pantaneira, a paisagem altera-se profundamente nas duas estações bem definidas do ano: a seca e a chuvosa.
Durante a seca, nos campos extensos cobertos predominantemente por gramíneas e vegetação de cerrado, a água chega a escassear, restringindo-se aos rios perenes de leitos definidos, às lagoas próximas a esses rios e a alguns banhados em áreas mais rebaixadas da planície. De novembro a março, o Pantanal vive o período das cheias. A vegetação muda segundo o tipo de solo e de inundação, predominando espécies de cerrado nas terras arenosas, conhecido como Pantanal Alto e, gramíneas nas terras argilosas, do Pantanal Baixo.
Com as cheias, as depressões são inundadas, formando extensos lagos, conhecidos como Baías, de extrema beleza, principalmente se forem alcalinas, apresentando diferentes cores em suas águas, de acordo com as algas que ali se desenvolvem e criam matizes de verde, amarelo, azul, vermelho ou preto. Com a subida das águas, volumosa quantidade de matéria orgânica é carregada pela correnteza a grandes distâncias. Durante a vazante, esses detritos são depositados nas margens e praias de rios, lagoas e banhados, passando a se constituir em elementos fertilizantes do solo.
Este verdadeiro patrimônio ecológico, habitado por incontáveis espécies de mamíferos e répteis, de aves e peixes, tem uma vegetação exuberante e é traduzido em movimento de formas, cores e sons, sendo um dos mais belos espetáculos da Terra.
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