quarta-feira, 25 de julho de 2018

NATUREZA VIVA DO PANTANAL


Autor: Edson Amorim  


Oh! Quanta beleza... Quanta!
A natureza viva dos pantanais,
Que os olhos saltam ao ver,
Milhões de lagoas ancestrais,
Por tantas vidas habitadas,
E abraçadas por palmeirais!

Reino dos cantos silvestres,
A aurora se enche de gorjeios,
Adorável sinfonia dos pássaros,
Cada qual a reger o seu floreio;
Quanto sonho... Quanta poesia!
É a santa voz dos anjos, creio!

Paraíso, pelo Criador ornamentado,
De multicor, pintou aves e bicharedos,
Adornou, com belos floridos, os Ipês,
Fez rios e neles guardou segredos;
Nos florais soprou benditos aromas,
E aos ares, ventos arejados e ledos!

E das divinas belezas dos pantanais,
Uma se revela fascinante no sol poente,
É a passarada, chegando em revoada,
E nos ninhais, pousando festivamente,
Junto a divas Garças e nobres Tuiuiús,
Maravilha, que adoça os olhos da gente!

E inda emoldurado pelo crepúsculo vitral,
O sol pantaneiro enfeita glorioso o cenário,
Deixando a alma, em adoração, extasiada,
Tal estivesse frente a um imenso sacrário;
E risonho, se despede, convidando a bela lua,
A iluminar o eterno Pantanal, doce relicário!!!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

CORDEL: O VERGONHOSO ESQUEMA MENSALÃO !!!



Autor: Edson Amorim


O Governo pra ter apoio 
Mãos de políticos, molhou  
Abriu o cofre da nação
E um esquemão armou
Apelidaram de “mensalão”
Dinheiro que o PT roubou

E toda essa roubalheira
Um dos ladrões denunciou
Porque não deram pra ele
Aquilo que combinou
Foi julgado pela corte
Mas em pizza acabou

Durante o julgamento
Em instância superior
O bate boca foi “sério”
Saiu “cala boca doutor”
E até nossa Constituição
O Joaquim Barbosa rasgou

Mas foi por “baixo do pano”
Que a coisa aconteceu
O Barbosa que era sério
O jogo de braço perdeu
E pra disfarçar a impunidade
Uma meia dúzia prendeu

Então o ministro Barbosa
A “dor nas costas” o derrotou
E por repulsa ou invalidez
Naquele ano se aposentou
E como os corruptos queriam 
Outro em sua cadeira sentou

E no desenrolar da história
Com o processo apurado
Inocentaram uns tantos
Outros foram culpados
Mas nem se passou um ano
Pros Gatunos ser libertados

O Zé Dirceu e o Genoíno
Se vendo “aprisionados”
Fruto do faz de conta
Pelo Supremo “julgado”
Logo, o “sair pra trabalhar” 
Foi pedido pelo advogado
   
O Zé Dirceu pra “trabalhar”
Mostrando não ser otário
Pra requerer o benefício
Redigiu despacho ordinário
Pra “gerenciar” um hotel
Onde era o “proprietário”

Mesmo sendo engraçado
Mas esse golpe armado
Que a justiça descobriu
E tudo foi revogado
Depois foi ser “auxiliar”
De um amigo advogado

E no Distrito Federal
Na casa do albergado
Cumprindo o semiaberto
Assim foram beneficiados
Ali dormia o Zé Dirceu
E o Genuíno, aprisionados

Não poderia deixar de falar
Como se foi comentado
Nessa pena “faz de conta”
De prender esses danados
É que tiveram regalias
Tratamento diferenciado

Nos quartos tinha TV
Frízer e ar refrigerado
Com comidinha especial
Eram os dois bem tratados
E dentro de poucos meses
Foram soltos e liberados 

O ladrão José Genuíno
Líder do mensalão
Quando preso ele estava
Alegou doença do coração
Pra ir embora pra casa
E sair daquela prisão

Mas o Juiz do processo
Analisando a situação
Negou logo o pedido
Pois era uma aberração
Ao descobrir que o Zé
Não tinha nem coração

Então assim despachou
Pra cumprir o rito forino   
Estou negando o pedido
Do detento Zé Genuíno
E é melhor não abusar
Senão faço um pente fino
  
E vou pessoalmente ver
Se na prisão está dormindo
Ou pela rua nas noites
Zuando e se divertindo
Que se cumpra a pena
Estou assim prevenindo

Mas os bons advogados
Pagos a peso de ouro
Usaram outro argumento 
Logo nos dias vindouros
Que ele poderia morrer
Esse foi o dito agouro

Esse arrastado julgamento
Pra se julgar o mensalão
Pro povo foi uma farsa
Pra enganar toda a nação
Um teatro dos julgadores
Julgando o próprio “patrão”

Foi melzinho na boca do povo
Em orquestrada enganação
E destorcer as verdades
Esta foi a tramada intenção
Pra livrar os mandatários
Da sentença de prisão

O careca Marcos Valério
Um mineiro empresário
Foi quem mais se ferrou
Sendo um “pivô” otário
Pegou trinta e sete anos
Este “pobre” publicitário

Esses ladrões da nação
Pelo povo um dia eleito
Traiu o seu fiel eleitor
Por ele perdeu o respeito
E a cada ano de eleição
Aparecem novos sujeitos

E quando estão no poder
É só coisa errada tramando
Tem tudo a seu favor
Rindo e na teta mamando
E em época de eleição
Parecem anjos rezando

Mas são mesmos uns lobos
Vestidinhos de carneiro
Aqui e ali vão roubando
E enviando pro estrangeiro
E se a farinha é pouca
Grita, meu pirão primeiro
  
Esses corruptos políticos
Candidatos à reeleição
Fazendo falsas promessas
Saem por aí apertando mão
Distribuem presentinhos
Se eleito, esquece o povão

Pelo Brasil tem milhares
Vereadores e Prefeitos
Deputados e Senadores
E Governadores eleitos
A maioria é corrupta
Do cargo tira proveito

Tem “ratos” pequeninos
Servidores de repartição
De entidades de governo
Ou de alguma fundação
Que em dinheiro público
Também metem a mão

É muito dinheiro  liberado
Do caixa central da nação
Dizendo ser pra fomento
De programa da educação
Mas um tanto é dividido
Pra alimentar a corrupção

Dinheiro a fundo perdido
O nome tem tudo a ver
Quase nada  é construído
Diferente não poderia ser
Pois um mínimo é fiscalizado
Do que se fez ou vai fazer

E o corrupto se sente livre
Muito livre pra roubar
É só apresentar o projeto
E esperar o governo liberar
Depois é só fazer a trama
Pois nem conta vai prestar

Esses ladrões inda roubam
Sem dó e de montão
Dinheiro pro alimento
Pra saúde e educação
Assim tiram dos pobres
Pra viver o seu vidão

E vem um tal governante
Mostrando que tem poder
Diz que vai “cortar na carne”
Pra verdade aparecer
Mas é tudo encenação
Esse “doa a quem doer”
  
Vai ser difícil moralizar
Esse toma lá da cá
É muita corrupção
Que não tem Juiz pra julga
E nem cadeia pra prender
Aqueles que vão condena

Hoje tudo é esquecido
E logo tudo é arquivado
E o corrupto “ficha suja”
De nada mais é acusado
E continua na política
Esse politiqueiro safado

Tem roubo que é rastreado
E se no exterior vem localizar
Com toda a boa vontade
É uma novela pra resgatar
E acaba vindo uma parte
O restante fica por lá

E tem mais uma injustiça
Praticada contra a nação
O politico enche os bolsos
Denunciado pede perdão
E logo ao cargo renuncia
Pra escapar da punição

E na próxima eleição
Lá está  ele candidato
Parece que nada fez
Já negociando um trato
Pra novamente eleito
Roubar, a rigor, de fato

Dá até nojo de ver
Esse corrupto traidor
Ser tratado com honras
E chamado de doutor
E representar no parlamento
A dignidade do eleitor

E falso, inda faz discursos
Se mostrando preocupado
Com o futuro do Brasil
E de todo o eleitorado
Mas nem por ele foi escrito
Pois é discurso decorado

E hoje o coitado do professor
Que leciona o dia inteiro
Estudou e ainda estuda
Ganhando miserável dinheiro
E os políticos dão as costas
Pra estes heróis guerreiros
  
Acho que o mestre, ignoram
Pois em sala de aula ensinou
A ser um homem honesto
E da pátria ser defensor
Mas esses ensinados princípios
O politico, da sua cartilha rasgou

O próprio aumento de salário
Eles votam sem embaraço
É uma vergonha de se ver
Pois só levantam o braço
Chupam o suco da laranja
E pro cidadão joga o bagaço

Esse tipo de politiqueiro
Que tem o poder na mão
Engana o povo como quer
Através da viável eleição
E prisão pra ele não tem
É pior que qualquer ladrão

Fica em cima do muro
Só a coisa observando
Honestidade passa longe
Lá pelo céu voando
Sem querer generalizar
Acabei generalizando

Se gritar no parlamento
Polícia pega o ladrão
Vai ser uma correria
Pelos recantos do salão
E vão dizer: “não fui eu”
ou “não sei de nada não”
  
São políticos poderosos
Da máfia das enganações
Prometem e nada fazem
Só se embolsar milhões
Nada constroem pro povo
E são crias das eleições

O que também é vergonha
Suas tantas nomeações
Nomeia o filho e a filha
Pra cargos em comissões
O nepotismo é descarado
Nos gabinetes desses vilões

Mas ele sempre emprega
Parentes até terceiro grau
Eles nunca trabalham
Mas pra ele não faz mal
Emprega também a bela
Pra com ele fazer moral
  
Ele paga somente a metade
Pro “fantasma” do empregado
Mas ele assina o recibo
Do alto salário registrado
E sendo parente próximo
É um comparsa confiado

Da alta grana do gabinete
Consome boa parte do total
Em viagens não sei pra onde
Até camarote no carnaval
Assim gasta nosso dinheiro
Esse político cara de pau

E pra ele prestar contas
Arruma mil notas frias
De locação de carros
De viagens e estadias
Carimbadas e assinadas
Por comparsas da folia

Hoje em dia o político
Quando se vê acuado
Diz: esse filho não é meu
De nada eu sou culpado
Sempre fui “mui honesto”
Nunca fiz nada errado

Se ele é pego na treita
Em conchavos fazendo
Ele nunca se entrega
E nem fica tremendo
Vai negando e negando
E as provas contradizendo

Em pouco tempo na política
Já tem um cabedal de bens
É corrupção comprovada
Em processos mais de cem
Mas ele faz e desfaz 
E a justiça diz amem
  
A impunidade é certa
E assim é mole roubar
Parece até brincadeira
Quando se ouve noticiar
Até Juiz já entrou na roda
Pra um processo melar

Um certo Juiz  brasileiro
Pela TV foi denunciado
Dirigia um big carrão
Pela justiça confiscado
Atitude que obrigou
O processo ser melado
  
Para o “intencionado” Juiz
Só restou ser afastado
Por ter afrontado a lei
Pro réu ser beneficiado
Favoreceu o milionário
E “uns” deve ter levado

Roubos a cofres públicos
É noticia corriqueira
Na TV em todo canal
Todo dia é roubalheira
O princípio da honestidade
Se foi pelo ralo da banheira

Honestidade e moralidade
Hoje é difícil encontrar
Entre políticos e assessores
Não se houve quase falar
Se faz algo que agrada
É só pro  eleitor enganar
E vem golpe premeditado
Desconfie e pode esperar

É uma política perversa
Os salários estão errados
O mínimo é do trabalhador
O máximo é do deputado
E só com dois mandatos
Se aposenta o “folgado”

Eles que fazem as leis
E o pobre é injustiçado
O fogo pra sardinha deles
Depressinha é puxado
É mesmo pra lamentar
O sofrido eleitorado

Eles tem tantos privilégios
Que não dá pra acreditar
Desde plano de saúde
E crédito alimentar
Até passagem pra família
Ir pro mundo passear

Décimo quinto salário
E auxilio pra moradia
Abonos subsidiados  
E cota pra lavanderia
Um cotão “sem nome”
Seguros e garantias
Mas o povo tem culpa
Por toda essa situação
Pois chora e reclama
Mas peca na eleição
Pois vai à urna e vota
No corrupto ladrão
  
O Governo brasileiro
Ao cidadão deve respostas
Pois pra tanta corrupção
Está virando as costas
Não prende ninguém
Inda faz vistas grossas

Deve se tratar como crime
O processo de corrupção
Ser julgado na forma da lei
E a aplicada a punição
E doa a quem doer
Seja cumprida a prisão
E o ladrão espertinho
Que devolva cada tostão

É roubo de norte a sul
De leste até o oeste
Essa doença pegou
Como contagiosa peste
O Brasil terá que vacinar
Contra “traça terrestre”

A coisa é muita seria
Essa tal de corrupção
Que de “um” a “dez”
“Zero” é a avaliação
E o Brasil tá afundado
E até o seu narigão

Um presidente de coragem
Devia o Congresso fechar
Nomear bons ministros
E com eles governar
E ouvir a voz do povo
Pro Brasil moralizar

Deus do Céu está vendo
O pobre sendo injustiçado
E certamente ira julgar
E o castigo será aplicado
Pelo tanto que roubaram
Por mil vezes, triplicado

E prestado contas no céu
Julgados e castigados
Sem pena e sem dó
No inferno serão jogados
E lá embaixo o capeta
Vai ficar inconformado

Ao ler o julgamento
Que junto será enviado
O capetão ira dizer
Deixe eles ali trancados
Com muito medo e temor
Do inferno ser roubado
  
Depois num grande tachão
Num lugar bem reservado
Vai colocá-los pra ferver
Até ficar desmanchados
E deles fazer sabão
Pra lavar o chão melado  !!