sábado, 21 de julho de 2012

POEMA: O TREM DO PANTANAL !!



Autoria: Edson Amorim

Na estação de partida Indubrasil
O Trem do Pantanal foi reinaugurado
Vai de Campo grande a Miranda
Somente nos sábados e feriados
Pomposo e confortável
     E muito bem decorado !  

Nove confortáveis vagões
Para o usuário foi destinado
Ainda tem o vagão varanda
Para apreciar o cerrado
E os sucessos regionais
 Pelos artistas são cantados !

A história do trem do pantanal
Faz parte de quem aqui nasceu
E também esta a disposição
Pra você e o filho seu
Então desfrute dos passeios
Deste presente que recebeu !

Aquele velho Trem de outrora
“Pantanal Express” foi denominado
Que por vontades políticas
Foi modernamente revitalizado
E com brilho veio resgatar
 O seu histórico passado !

Foi uma homenagem à memória
Aos nossos antepassados
E aos maquinistas hoje velhos
Revivem os seus passados
Que depois de 18 anos
Aos trilhos são retornados !

No aconchego do seu leito
Tive o prazer de viajar
Onde por passagens estreitas
Belezas  únicas pude contemplar
Parece uma ilha da fantasia
Isso eu posso afirmar !

Quando o trem sai da estação
O sonoro apito vem avisar
Para seguir a viagem
E novas paisagens apreciar
Chegar a outras cidades
E suas belezas contemplar !

Hoje percorre nos velhos trilhos
De campo grande a Miranda
Que a 40 quilômetros por hora
Muito devagar ele anda
Para que você contemple
O que passa a sua banda !

No trajeto de 210 Quilômetros
Vê-se as atrações pantaneiras
De pura nostalgia e encanto
Como rios e  suas corredeiras
Dezenas de pontos históricos
E morros com lindas pedreiras !

Suas janelas ficam pequenas
Diante de tanta beleza
Ver de perto a fauna e a flora
Acaba com qualquer tristeza
Respirar o aroma das flores
 E o puro ar da natureza !

Os morros que enfeitam o trajeto
Em grande concentração
Aumentou ainda mais
A minha admiração
Me senti num paraíso
Tão grande foi a emoção !

E o trem vai passando
Atravessando o pantanal
Desvendando os seus segredos
E as belezas sem igual
Sobre os trilhos da história
Parece coisa paranormal !

Tem os mais belos cenários
Um roteiro inesquecível
O Pantanal é certamente
Um lugar simplesmente incrível
Uma surpresa a cada olhada
 É mesmo indescritível !

Os turistas são recebidos
Por pessoas hospitaleiras
Que é a marca registrada
Da nossa gente pantaneira
Sempre dando as boas vindas
E com saudáveis brincadeiras !

Praqueles das margens dos trilhos
Trouxe esperança de progresso
Levar e trazer passageiros
Como um transporte expresso
E os turistas do mundo todo
Aplaudiram o seu regresso !

O trem do pantanal serve também
Como um agente social
Que dá a assistência e emprego
À comunidade local
Com o conseqüente implemento
Do ecológico turismo rural !

Mas que uma realização pessoal
É um sonho posso dizer
Embarcar neste histórico trem
E esta viagem fazer
Foi uma alegria inesquecível
Que gozei no meu lazer !

Esperamos para o futuro
O Trem chegando a Corumbá
Para apreciar muitas belezas
 Nos alagados por lá
A diversidade de aves
Que igual no mundo não há !!

POEMA: PANTANAL EM VERSOS !!



Autor: Edson Amorim

No pantanal predomina as planícies
Mas também tem os planaltos
A majestosa serra de Maracajú
È um dos pontos mais altos
Que abriga corredeiras e cachoeiras
Com seus admiráveis saltos !

Além de suas lindas paisagens
A biodiversidade é fenomenal
O cerrado e a caatinga influenciam
E formam rara beleza natural
E a variedade de aves
É um refúgio ecológico sem igual !

O espetáculo típico do Pantanal
É os pássaros em seus ninhais
E as lagoas repletas de jacarés
Piranhas, cobras e outros animais
E a pescaria esportiva
É opção de um prazer a mais !

Entre sua fauna destacamos
Os imponentes Tuiuiús
A bela e brava onça pintada
E as majestosas araras azuis
E as famintas Ariranhas
Que os peixes dos rios reduz !

Vêem-se milhares de borboletas
De uma cor só ou listradas
Que parecem ornamentais
Enfeitando campos e estradas
E que durante a primavera
Parecem ser mais encantadas !

Brotam das rochas calcáreas
Rios de águas cristalinas
Com muitas espécies de peixes
Próximo das grandes colinas
Formando um aquário natural
Que é muito belo e fascina !

Têm-se os extensos e lindos rios
Rio Negro, Paraguai e Miranda
O Rio Aquidauana é o mais próximo
Para se pescar no final de semana
Mas se estamos de férias
Vamos de barco ou de chalana !!

VOCABULÁRIO PANTANEIRO

AGUADA
Qualquer lugar que tenha água
AGUAPÉ
Plantas aquáticas flutuantes, que unidas filtram e purificam a água corrente
ALONGADO
Animal doméstico que foge para o mato e não volta
ALMOCINHO
Primeira refeição do dia.
APEAR
Descer da montaria.
APURAR
Aprontar-se para sair
ARATICUM
Fruta parecida com a Ata (Fruta do Conde), típica do Pantanal
ARRE
Péssimo, reprovação.     Vaqueiro
ARRIBADOR
Peão de boiadeiro que vai atrás da comitiva arregimentando as reses extraviadas
BAGAGEM
Móveis. Conjunto de coisas que o vaqueiro possui. O mesmo que trem ou traia
BAGUÁ
Boi, cavalo ou búfalo selvagem. Pessoa indomável, intratável. Anti – social
BACURIM OU BACURI
Criança recém-nascido.  
BAGUALEAR
Caçar boi selvagem
BANZEAR
Espreguiçar.
BARBATÃO
Rês criada no mato. Bravia.
BARRA
Foz. Desembocadura de um rio.
BICHO DO CHÃO
Cobra.
BOCAS
Saídas de lagos ou rios.
BOCA DE SAPO
Cobra venenosa comum na região.
BOCA-DE-PITO
Gole de café frio antes de fumar um cigarro.
BÓIA
Comida.
BOLA–PÉ
Travessia do animal na água, numa profundidade que por pouco não o obriga a nadar.
BOLICHO
Venda, mercearia.
BOMBA
Usada para puxar a brua-mate do tereré.
BORRACHÕES
Bolsas de couro que levam água nas viagens a cavalo.
BOTINA
Calçado rústico.
BROCOTÓS
Lama seca dos campos pantaneiros, depois de muito pisada pelo gado.
BRUACA
Sacola de couro colocada no lombo do burro para transportar a traia da comitiva (utilizada pelo cozinheiro da tropa).
BUGRE
Índio.
CABEÇA DE PAINA
Cabelos grisalhos.
CACUNDA
Costas. Parte de trás.
CACHAÇO
porco doméstico que virou selvagem.
CAGÁ-DO-PATO
Primeiras horas do dia.
CAMALOTAL
Seqüência de camalotes que fecham passagens estreitas nos lagos e rios
CAMALOTE
Porção de planta aquática (aguapé) que flutua no rio.
CAPÃO
Porção de mato isolado no meio do campo.
CARNEAR
Cortar a carne do boi: fazer churrasco.
CARAPÉ
Baixinho, pequeno.
CARIBÉU
Prato de mandioca e carne.
Também significa bruxa.
CARVOTEIRO
Preguiçoso.
CAVALO FOFADOR
DE BLUSA
Cavalo corredor.
CHALANA
Barco de madeira ou grande embarcação com mercearia.
CHAMBÃO
De má qualidade.
CHAPÉU NA SELA
Vaqueiro ruim.
CHICULATERA
Vasilha usada para esquentar a água do mate quente.
COMITIVA
Transporte de gado através da região, a cavalo, por terra e água.
CORIXO
Braço de rio, que muda conforme a cheia ou seca.
CULATEIRO
Peão que vai no fim da comitiva.
CURRUTEIA
Pequeno povoado ; vila; pode significar também casa de prostituição.
DAR NO PADRE
Não suportar, no sentido de aguentar, alguma coisa ou situação.
DECOADA
Descida de água ruim.
DIVULGAR
Enxergar.
FIADOR
Peão que vai à margem da comitiva, para evitar extravio de reses.
FOFAR
Correr de medo, fugir.
GAÚCHO
Bonito, elegante.
GORDO
Tereré; bebida de erva- mate tomada fria.
GUAIACA
Cinto largo com bolsinhos em forma de cinto, que se prende à cintura.
GUAMPA
Cuia que se faz com o chifre de boi, usada para tomar tereré
GUARDA
Calças de lona.
GUARIROBA
Espécie de palmito amargo; palmeira regional
GUATÓ
Nação indígena exímia no manejo da canoa.
GUAVIRA
Fruto nativo da região de excelente sabor.
JARARACA DE RABO BRANCO
Mulher briguenta.
JIRÁU
Mesa tosca de madeira alta; cama.
KADIWÉU
Nação indígena exímia na montaria do cavalo.
MALUDO
Valente.
MARIA-CHICA
Arroz de carreteiro, no Pantanal de Miranda.
MARRUÁ (Baguá)
Boi bravo.
MASSA-BARRO
(João de Barro) – Pássaro que fabrica seu ninho como uma casa de barro
MATULA
Provisão de alimentos para a viagem.
NHÁ
Senhora; mulher.
MURUNDU
Amontoado de terra; elevação.
NINHAU
Área onde várias aves fazem seu ninho, na mesma época.
PANTÃNO
Região alagada
PARATUDO
Boi gordo.
PEÃO
O pantaneiro que trabalha na fazenda, no serviço do gado.
PÉ-DE-PAU
Árvore.
PEDRA- CANGA
Pedra furada encontrada na região.
PICUÁ
Sacola de couro para todos os fins.
PICUMÃ
Sujeira grossa que se junta no teto, nas paredes de cozinhas, provocada pela fumaça do fogão à lenha.
PINCHAR
Jogar fora; descartar.
PORCO MONTEIRO
Porco doméstico, que é capado e solto para ficar selvagem.
PONTEIRO
Peão que vai à frente da comitiva.
PRAIA
Área ao redor da casa- sede da fazenda.
PUITÃ
Pala vermelha tecida em lã.
PURUNGA
Cabaça pequena usada para beber água.
QUEBRA-TORTO
Desjejum; café da manhã reforçado; refeição matinal com carne, arroz-carreteiro, café e bolo.
RECOLUTA
Ação de recolher o gado extraviado no campo.
RODAR
Deixar o barco ou algum objeto descer o rio a favor da correnteza.
SAPICUÁ
Saco para levar matula.
SARÃ
Vegetação emaranhada à beira do rio, cheia de espinhos.
SINUELO
Boi manso que vai à frente da boiada.
SOPA PARAGUAIA
Bolo de fubá de milho, assado, com queijo, cebola, leite e sal.
TARIMBA
Cama de dormir.
TERENA
A maior nação indígena atualmente no Pantanal. Bastante aculturada, vive em aldeias próximas à Aquidauana e Miranda.
TUIUIU
Grande pássaro símbolo do pantanal – vive a beira dos alagados.
TERERÉ
Erva-mate tomada com uma bomba numa cuia; bebida fria.
TIRADOR
Saia de couro, para proteção do peão na lida com o gado.
TIRA-TORTO
Desjejum
TRAIA
Conjunto de equipamentos para pescaria (ou montaria).
VENTRACHA
Costela grande de peixe que se dá na alimentação às crianças para não se engasgar com os espinhos.
VOÇOROCA
Valos produzidos pela erosão.
ZAGAIA
Forquilha de madeira forte que se apoia como lança utilizada para matar onças
ZUERA
Barulheira